sexta-feira, 12 de agosto de 2011

NOTA

GRUPO MAKTUB INFORMA: Desde outubro de 2010 estamos sem espaço para apresentar o espetáculo HISTÓRIAS DE CABARÉ e DAS MATAS AO PROGRESSO, mas, não desistiremos de contar as histórias e estórias do nosso Amado Jorge. No próximo verão completaremos 9 anos do Projeto Ilheeses Amados. Atualmente estamos fazendo receptivos dramáticos em eventos e pequenas apresentações em palestras e seminários.
Acompanhem informações corretas sobre o trabalho do gupo em nosso blog

SOBRE A PEÇA HOMENS, AJUDAM HOMENS?

SOBRE A PEÇA HOMENS, AJUDAM HOMENS?
Fábio Nascimento


O texto “HOMENS, AJUDAM HOMENS?” trata de como podemos viver em grupo e quê para isso é preciso fazer um acordo. Ou é o acordo ou vira guerra, pois só o acordo nos ensina a viver em comunidade e como viver em democracia com respeito ao trabalho do outro. Ensina-nos também a assumir postura na vida e ter pensamento crítico e fortalecer nossas escolhas diante do outro e nos afirmar. Quando tivermos problemas, vamos resolvê-los pedindo ajuda e juntos, pois sozinho fica mais difícil ou impossível resolver os problemas. O Sr. Ximit cria os problemas e estes nunca acabam, porém devemos estar sempre juntos e num acordo para resolvê-los. Sempre haverá pedras em nosso caminho, a vida é assim.

Numa escola, fábrica, comunidade popular, tribo, grupos ou empresa o espetáculo dialoga com a importância do trabalho coletivo, todos trabalham de forma diferente e ninguém é obrigado a percorrer o caminho do outro. Isto é um “acordo” e acordo é democracia. O respeito está na diferença do trabalho do outro.
Para que as partes se reconheçam, o acordo com o outro, é para construir a liderança, o passo a passo.
Agregar-se é acordo, ensinam (montam, administram, representam, coordenam) juntos, não iguais. Cada caminho é diferente e o resultado é a chegada, pois sabemos que nada que não seja coletivo funciona.

No jogo cênico as partes retiradas do corpo doente significam cada parte da sociedade, fazem isso pela inteligência, pelo bem. É uma tentativa de liberdade e uma maneira inteligente de acabar com os problemas que os levam a ignorância, a violência, a corrupção, ás más qualidades de vida nos leva á ignorância. Mesmo cortando cada parte, eles estão sendo cortados de certa forma, pois tudo isso faz parte do nosso cotidiano. Quem nunca foi vítima de um ato de violência, de corrupção? As dores do Sr. Ximit são nossas também quanto cidadão.

O espetáculo desperta na criança, a reflexão através do riso, da comédia, da leveza. A proposta é que devemos motivar-las a terem um pensamento crítico diante tudo o que está acontecendo em nossa sociedade. Acreditamos nessa capacidade das crianças e se elas tiverem este potencial estimulado hoje, com certeza serão adultos mais preparados para lidar com certas situações. Uma pessoa com um pensamento crítico diante determinado assunto, saberá discernir o que é certo e errado para ela. A probabilidade de envolvimento com certos problemas será bem menor. Os palhaços significam a consciência que nos dá a paz e humanismo. Eles são os lobos sociais, astutos para não serem presa e transformam o Sr. Ximit em presa. O Sr. Ximit quer a resolução dos problemas sem esforço.

No final “não se pode ter tudo” representa a realidade, a vida também é feita de faltas e ausências. A vida é uma continua revolução de problemas, que precisam ser resolvidos, sempre existiram. Todo mundo pode ser uma caixa vazia e o outro preencher com qualquer coisa – Brecht procura preencher com idéias de acordo com melhorias.

A cena final também significa o quanto o ser humano vai para lugar nenhum. (Teatro do absurdo)



“NÓS SOMOS AQUILO QUE NOS FALTA” CLARISSE LISPECTOR